terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Desmotivações.


Mesmo com tantas desmotivações, sigo firme, confiante e louvando a Deus. As lutas tem me fortalecido, o amor de Deus supre todas as minhas necessidades. A viva esperança que emana do meu coração, são a perfeita obra de consolação do Santo Espírito, que a cada dia me inspiram a amar cada vez mais á Cristo. Pois Ele primeiro me amou! 

"Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Mateus 6:33.

Como ser um Grande Teólogo

Por Martinho Lutero
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto.

1. Oração. Por essa razão você deveria se desesperar com sua sabedoria e razão; pois com essas não adquirirá nada, mas por sua arrogância lançará a si mesmo e a outros no abismo do inferno, como fez Lúcifer. Ajoelhe-se em seu quarto e peça a Deus em verdadeira humildade e seriedade para que lhe conceda a verdadeira sabedoria.

2. Meditação. Em segundo lugar, você deveria meditar, não somente em seu coração, mas também em alta voz, na Palavra oral e nas palavras expressas que estão escritas no Livro, as quais você deve sempre considerar e reconsiderar, e ler e reler com diligente atenção e reflexão, para ver o que o Espírito Santo quis dizer através delas. E cuidado para não se cansar disso, pensando que já leu o suficiente se tiver lido, ouvido ou dito uma ou duas vezes e entendido perfeitamente. Pois nenhum grande teólogo é feito dessa forma, mas aqueles (que não estudam) são como fruto verde que cai antes de amadurecer. Por essa razão, veja que no Salmo 119 Davi está sempre dizendo que falaria, meditaria, declararia, cantaria, ouviria e leria, dia e noite, para sempre, nada menos que a Palavra de Deus somente e os mandamentos de Deus. Pois Deus não propôs dar o Seu Espírito sem a Palavra externa. Seja guiado por ela! Não é em vão que Ele ordena escrever, pregar, ler, ouvir, cantar e declarar a Sua Palavra externa.

3. Tentação. Em terceiro lugar, há a tentatio, isto é, a prova. Essa é a verdadeira pedra de toque que lhe ensina não somente a conhecer e entender, mas também a experimentar quão verdadeira, sincera, doce, amorosa, poderosa e confortadora é a Palavra de Deus, sendo a sabedoria acima de toda sabedoria. Assim, você vê como Davi no Salmo já mencionado reclama sobre todos os tipos de inimigos, príncipes ímpios e tiranos, falsos profetas e facções, os quais deve suportar, pois sempre medita, isto é, lida com a Palavra de Deus em cada modo possível, como declarado. Pois tão logo a Palavra de Deus produz fruto através de você, o diabo lhe perturbará, fará de você um professor de verdade, e lhe ensinará mediante a tribulação a buscar e amar a Palavra de Deus. Pois eu mesmo – se permitirem que expresse minha humilde
opinião – devo agradecer aos meus papistas grandemente por tanto me atribular, afligir e aterrorizar pela fúria do diabo, pois fizeram de mim um teólogo suficientemente bom, o que de outra forma nunca teria me tornado.

4. Humildade. Então (a saber, se você seguir a regra de Davi exibida no Salmo 119), você descobrirá quão superficiais e indignos parecerão os escritos dos Pais, e condenará não somente os livros dos oponentes, mas também ficará cada vez menos satisfeito com sua própria escrita e pregação. Se tiver chegado nesse estágio, você pode esperar com certeza ter começado a ser um teólogo de verdade, alguém que é capaz de ensinar não somente aos jovens e iletrados, mas também aos cristãos maduros e bem instruídos. Pois a Igreja de Cristo inclui todo o tipo de cristãos – jovens, velhos, fracos, doentes, saudáveis, fortes, agressivos, indolentes, tolos, sábios, etc. Mas caso você se considere instruído e imagine que já alcançou o objetivo e orgulha-se dos seus tratados, ensinos e escritos, como tens trabalhado maravilhosamente e pregado de forma fantástica, e se você fica muitíssimo satisfeito porque as pessoas lhe elogiam diante de outros, e deve ser elogiado ou de outra forma ficará desapontado ou se sentirá desesperado – caso importe-se com isso, meu amigo, apenas agarre as suas orelhas, e se agarrar corretamente, achará um belo parte de grandes, longas e ásperas orelhas de burro. Então vá mais adiante e adorne-se com sinos de ouro, para que as pessoas possam ouvi-lo onde quer que vá, apontando admiradas com o dedo para você e dizendo: “Eis, vejam, é aquele homem maravilhoso que pode escrever excelentes livros e pregar tão extraordinariamente!”. Então certamente você será abençoado, sim, mais que abençoado, no reino “do céu”; na verdade, naquele reino no qual o fogo do inferno foi preparado para o diabo e os seus anjos!… Nesse Livro, a glória de Deus somente é apresentada, e diz: Deus superbis resistit, humilibus autem dat gratium. Cui est gloria in secula seculerum [Deus resiste ao soberbo, mas dá graça ao humilde. A Ele seja glória para sempre e
sempre]. Amém.

Fonte: http://www.pristinegrace.org/

Por algum tempo.

   Por algum tempo eu deixei de escrever, e talvez não postar por me importar a respeito das opiniões de oposição as convicções do meu coração, mas volto a construir ou desconstruir pilares que diante dos olhares humanos podem parecer bons ou não, o que vale aqui não é a intenção, mas sim a convicção da inerrância da correta interpretação das Sagradas Escrituras.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Tomando uma Decisão

John R. W. Stott

Muitas pessoas acham estranho que para se tornar um cristão é preciso tomar uma decisão. Algumas, por terem nascido em um país cristão, acham que já são cristãs. “Afinal”, dizem, “já que não somos nem judeus, nem muçulmanos, nem budistas, provavelmente somos cristãos!” Outras supõem que, por terem recebido uma educação cristã, conhecerem os princípios básicos do cristianismo e adotarem um padrão de comportamento cristão, não precisam de mais nada. Porém, seja qual for a sua formação ou herança familiar, todo adulto responsável precisa tomar uma decisão a favor ou contra Cristo. Não podemos permanecer neutros ou indiferentes, nem deixar que outra pessoa decida por nós. Devemos decidir por nós mesmos.
Mesmo o fato de concordar com tudo que foi escrito até aqui não é suficiente. Podemos admitir que as evidências da divindade de Jesus sejam convincentes ou até mesmo conclusivas, e que ele é de fato o Filho de Deus; podemos crer que ele morreu para ser o Salvador do mundo; podemos também admitir nossa condição de pecadores necessitados de um Salvador. Mas nenhuma dessas coisas nos torna cristãos, nem mesmo todas elas juntas. Crer em certos fatos sobre a pessoa e a obra de Cristo é uma necessidade preliminar, mas a verdadeira fé transformará essa convicção mental em um ato decisivo de confiança. A convicção intelectual deve conduzir ao compromisso pessoal.

Eu mesmo costumava pensar que a morte de Jesus na cruz havia reconciliado o mundo todo, automaticamente, com Deus. Lembro-me como fiquei confuso, ou mesmo indignado, quando ouvi pela primeira vez que eu precisava considerar a salvação individualmente. Agradeço a Deus por ter aberto meus olhos para que eu reconhecesse Jesus como Salvador, e mais do que isso, o aceitasse como meu Salvador. Por certo o pronome pessoal tem proeminência na Bíblia:

O Senhor é o meu pastor e nada me faltará.

O Senhor é a minha luz e a minha salvação.

Ó Deus, tu és o meu Deus.

Crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Um versículo da Bíblia, que tem ajudado muitos (inclusive eu) a entender esse passo de fé que devemos dar, contém as palavras do próprio Cristo. Ele diz: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo”.

Este versículo foi ilustrado por Holman Hunt em seu famoso quadro A Luz do Mundo, pintado em 1853. O original se encontra na capela do Keble College, em Oxford, e a sua réplica (pintada pelo próprio autor 40 anos depois) na Catedral de St. Paul. Não sei se os pré-rafaelitas estão em evidência hoje, mas de qualquer forma o simbolismo dessa pintura é bastante esclarecedor. John Ruskin, em uma carta ao The Times de maio de 1854, usou as seguintes palavras para descrevê-la:

[ ... ] do lado esquerdo da tela podemos ver a porta da alma humana. Ela está trancada; suas dobradiças e pregos estão enferrujados; plantas trepadeiras estão presas e entrelaçadas aos seus umbrais, revelando que nunca foi aberta. Um morcego paira sobre ela. Sua soleira está coberta por amoras silvestres, urtigas e grãos inúteis ... Cristo se aproxima dela à noite ...

Ele está vestido com um manto real e traz sobre a cabeça uma coroa de espinhos; segura uma lanterna com a mão esquerda (como a luz do mundo) e com a direita bate à porta.
O contexto deste versículo é revelador. Ele se encontra no final de uma carta enviada por Cristo, através de João, à igreja de Laodiceia, situada na atual Turquia. Laodiceia era uma cidade próspera, conhecida por sua produção de roupas, seus prósperos bancos e sua escola de medicina, onde era preparado o famoso pó frígio, um remédio para os olhos.

A prosperidade material havia provocado um relaxamento dos costumes e contaminado até mesmo a igreja cristã. Muitos que se diziam cristãos verdadeiros demonstravam que só tinham o título de cristãos; eram pessoas razoavelmente respeitáveis, nada mais que isso. Seu interesse religioso era superficial e casual. Assim como a água das fontes aquecidas de Hierápolis, que chegava a Laodiceia por um sistema de dutos (as ruínas podem ser vistas até hoje), eles não eram nem frios nem quentes, mas mornos. E por serem mornos, Jesus afirmou que eles lhe causavam aversão. A sua indiferença espiritual é descrita em termos de uma imagem falsa que eles tinham de si mesmos: “Pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”.

Que dura descrição da orgulhosa e próspera Laodiceia! Eles eram miseráveis, cegos e nus – nus apesar de fabricarem roupas; cegos, apesar de seu famoso remédio para os olhos, e miseráveis, apesar de seus prósperos bancos.

Nós não somos diferentes deles. Dizemos muitas vezes, como eles, que “não precisamos de coisa alguma”. Essas palavras são extremamente perigosas. Esse espírito independente, mais do que qualquer outra coisa, é que nos impede de assumir um compromisso com Cristo. É claro que precisamos de Jesus! Sem ele estamos moralmente nus (sem as vestes apropriadas para nos apresentarmos diante de Deus), cegos para as verdades espirituais, e miseráveis, sem nada para oferecer em troca de nossa salvação. Mas Cristo pode vestir-nos com a sua justiça, tocar nossos olhos para que possamos enxergar, e nos tornar ricos com suas riquezas espirituais. Sem ele, e enquanto não abrimos a porta e o convidamos a entrar, somos miseráveis, cegos e nus.

“Eis que estou à porta, e bato”, ele diz. Ele não é uma fantasia da imaginação, ou um personagem fictício tirado de algum romance religioso. Ele é o homem de Nazaré – suas declarações, seu caráter e sua ressurreição são a garantia de que ele é o Filho de Deus. Ele é também o Salvador crucificado. A mão que bate à porta tem uma cicatriz. Os pés que estão próximos à soleira ainda trazem a marca dos pregos.

Ele é o Cristo ressurreto. João descreveu-o no primeiro capítulo do livro de Apocalipse, ao contemplá-lo em uma visão altamente simbólica. Seus olhos são como chamas de fogo e seus pés como o bronze polido. Sua voz como de um trovão e sua face radiante como o sol do meio-dia. Não é de admirar que João tenha caído a seus pés. É difícil compreender como uma pessoa com tamanha majestade tenha se dignado a visitar pobres, cegos e nus como nós.

Jesus Cristo, no entanto, diz que está à porta de nossas vidas, batendo e esperando. Note que ele está à porta, não forçando a entrada; falando conosco, não gritando. Isso é ainda mais extraordinário quando nos lembramos que a casa em cuja porta ele está batendo pertence a ele. Ele é o arquiteto; foi ele que desenhou o projeto. Ele é o construtor. Ele é também o proprietário; ele a comprou com seu próprio sangue. Assim, ela pertence a ele, por direito. Somos apenas inquilinos em uma casa que não nos pertence. Ele poderia arrombar a porta, mas prefere bater com a mão, levemente. Ele poderia ordenar que abríssemos a porta para ele; em vez de fazer isso, ele prefere que o convidemos a entrar. Ele não força a entrada na vida de ninguém. Ele diz no versículo 18: “Aconselho-te”. Ele poderia ordenar, mas se contenta em aconselhar. Ele nos trata com condescendência, humildade e liberdade.

Mas por que Jesus Cristo quer entrar? Nós já sabemos a resposta. Ele quer ser nosso Salvador e Senhor.

Ele morreu para nos salvar. Se nós o recebermos, ele irá nos conceder todos os benefícios de sua morte. Uma vez dentro da casa, ele irá reformá-la e mudar a decoração e os móveis. Ou seja, ele irá nos purificar e perdoar; e apagar o nosso passado. Ele promete também que ceará conosco e permitirá que comamos juntos. A frase descreve a alegria de desfrutar da sua companhia. Ele não somente entrega sua vida a nós, como também pede que entreguemos a ele nossas vidas. Nós éramos estrangeiros, agora somos amigos. Havia uma porta fechada entre nós. Agora estamos sentados à mesma mesa.

Jesus Cristo também entrará em nossas vidas como Senhor e Mestre. A casa passará a ser administrada por ele, assim só devemos abrir a porta se estivermos dispostos a deixá-lo tomar conta de tudo. Quando ele se aproximar da soleira, devemos entregar-lhe todas as chaves da casa, permitindo que ele tenha livre acesso a todos os aposentos. Um estudante da quarta série no Canadá, certa vez me escreveu: “Em vez de dar a Cristo várias chaves, uma para cada cômodo da casa, dei a ele uma senha que permite o acesso à casa toda”.

Isso envolve arrependimento, e a firme decisão de abandonar tudo que desagrada a Deus.

Isso não significa que precisamos nos tornar pessoas melhores antes de convidá-lo a entrar. Ao contrário, exatamente por não podermos perdoar ou melhorar a nós mesmos é que precisamos que ele venha a nós. Mas devemos estar dispostos a permitir que ele mude o que quiser em nossa casa. Não devemos resistir às mudanças, nem tentar impor condições. Nossa entrega ao senhorio de Cristo deve ser total e incondicional. O que isso representa? Não sei explicar detalhadamente, mas em princípio, significa uma firme decisão de abandonar o pecado e seguir a Cristo.

Você ainda está em dúvida? Acha que não é razoável submeter-se a Cristo no escuro? E certamente não é. Acontece que isso é muito mais razoável que o casamento. No casamento, os cônjuges assumem um compromisso incondicional um com o outro. Eles não sabem o que o futuro lhes reserva. Mas eles se amam e confiam um no outro, por isso, podem assumir o compromisso de amar e cuidar um do outro, “na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza”, até que a morte os separe. Se as pessoas podem confiar umas nas outras, por que não podemos confiar no Filho de Deus? É bem mais razoável assumir um compromisso com Cristo, o Filho de Deus, do que com o mais nobre e admirável ser humano. Cristo nunca irá nos trair ou abusar da nossa confiança.

O que então devemos fazer? Antes de tudo, devemos ouvir a sua voz. É possível fechar os ouvidos para Cristo e ignorar a insistência de seu apelo, mas isso terá trágicas consequências para nós. Algumas vezes ouvimos a sua voz através da nossa própria consciência, outras através de conselhos de outras pessoas. Às vezes em meio a uma derrota moral, ou da sensação de vazio ou de falta de significado de nossa existência. Outras vezes nós a ouvimos por meio de uma inexplicável fome espiritual, ou de uma doença, ou de uma privação, dor ou medo. Seja como for, nós tomamos consciência do fato de que Cristo está lá fora à porta, falando conosco. Ele também pode falar conosco através de um amigo ou pastor ou pelas páginas de um livro. O importante é estar atento para ouvi-la sempre. “Quem tem ouvidos para ouvir”, disse Jesus, “ouça”.

Em seguida, devemos abrir a porta. Tendo ouvido sua voz, devemos atender ao seu chamado. Abrir a porta a Jesus Cristo é um modo figurativo de colocarmos nossa fé nele como nosso Salvador, um ato de submissão a ele como nosso Senhor.

É um ato definitivo. O tempo verbal no grego deixa isso claro. A porta não abre por acaso. Nem está entreaberta. Ela está fechada, e precisa ser aberta. Além disso, Cristo não a abrirá por conta própria. Não há maçaneta na porta no quadro de Holman Hunt. Dizem que ele a omitiu deliberadamente para mostrar que a maçaneta está do lado de dentro. Cristo bate; nós devemos abrir.

É um ato individual. Na verdade, a mensagem foi enviada a uma igreja, a comunidade nominal e morna de Laodiceia. Mas o desafio é para aqueles que estão dentro dela: “Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele”. Todo ser humano deve decidir por si mesmo e dar esse passo individualmente. Ninguém pode tomar essa decisão por você. Seus pais e professores cristãos, pastores e amigos podem apontar o caminho, mas só a sua mão pode girar a maçaneta.

É um ato único. Você pode dar esse passo apenas uma vez. Depois que Cristo entrar, ele travará a porta do lado de dentro. O pecado poderá empurrá-lo ao porão ou ao sótão, mas ele jamais abandonará a casa onde entrou. “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei”, ele diz. Isso não significa que a partir dessa experiência ganharemos asas de anjo ou nos tornaremos perfeitos num piscar de olhos. Você pode se tornar cristão em poucos minutos, mas se tornar um cristão maduro leva tempo. Cristo pode entrar na sua vida, purificá-la e perdoar você em questão de segundos, mas é necessário muito mais tempo para transformar seu caráter e moldá-lo de acordo com a vontade dele. A cerimônia de casamento necessita apenas de alguns minutos para ser realizada, mas são necessários muitos anos para que os noivos encontrem um caminho comum. Assim também acontece quando recebemos a Cristo, um compromisso firmado em poucos minutos precede uma vida inteira de ajustes.

É um ato deliberado. Você não precisa esperar que uma luz sobrenatural venha do céu e brilhe sobre você, nem ser atingido por uma forte experiência emocional. Não. Cristo veio ao mundo e morreu por seus pecados. Ele agora está na porta da frente da casa de sua vida, e está batendo. A decisão é sua. A mão dele está batendo na porta, cabe a você estender a sua mão em direção ao trinco.

É um ato urgente. Não espere muito para tomar uma decisão. O tempo está passando. O futuro é incerto. Você talvez não tenha outra oportunidade como esta. “Não te glories no dia de amanhã, porque não sabes o que trará à luz”. “Como diz o Espírito Santo: Hoje se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”.

Não adie a sua decisão por achar que precisa melhorar para ser digno de receber a Cristo, ou resolver todos os seus problemas primeiro. Se você crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que ele morreu para ser o seu Salvador, isso é suficiente. O resto virá no devido tempo. Certamente essa é uma decisão que não deve ser tomada de forma precipitada ou temerária; mas adiá-la pode ser perigoso. Se o seu coração está lhe dizendo para abrir a porta agora mesmo, não deixe para depois.

É um ato indispensável. É claro que a vida cristã é muito mais que um ato. Como veremos no próximo capítulo, a vida cristã inclui desfrutar da comunhão com os irmãos, descobrir a vontade de Deus e se dispor a cumpri-la, crescer na graça e no conhecimento de Deus, servir a Deus e aos homens. Tudo começa com esse primeiro passo, e nada poderá ser feito sem ele. Você pode crer em Cristo racionalmente, e admirá-lo como pessoa; pode orar a ele através do buraco da fechadura (eu fiz isso por muitos anos); pode oferecer a ele algumas moedas, passando-as por debaixo da porta, a fim de mantê-lo quieto; pode ter um comportamento correto, decente, justo e bom; pode ser religioso; pode ter sido batizado e crismado; pode ter um profundo conhecimento da filosofia da religião; pode ser um estudante de teologia ou até mesmo pastor de uma igreja – e mesmo assim ainda não ter aberto a porta a Cristo. Não há nada que substitua este ato.

C. S. Lewis, conhecido pensador cristão, descreve em sua autobiografia intitulada Surpreendido pela Alegria, uma experiência que lhe aconteceu durante uma viagem de ônibus:
Sem palavras e (eu acho) sem imagens, um fato a meu respeito me foi de algum modo revelado. Eu percebi que havia uma barreira, que eu estava impedindo alguma coisa de entrar. Ou se você preferir, como se eu estivesse vestindo uma roupa apertada, uma espécie de colete ou espartilho, ou mesmo uma armadura. Senti então que eu era livre para decidir por mim mesmo. Eu poderia abrir a porta ou mantê-la fechada. Poderia me livrar da armadura ou continuar dentro dela. Nenhuma das escolhas me foi apresentada como uma obrigação; não havia nenhuma ameaça ou promessa atrelada a qualquer uma delas, mas eu sabia que abrir a porta ou tirar a armadura era uma decisão extremamente importante ... Eu escolhi abrir, destravar, soltar as amarras. Eu digo “escolhi”, embora não me parecesse realmente possível fazer o contrário.

Uma senhora distinta atendeu ao convite de Billy Graham para ir à frente ao final de uma campanha evangelística. Ela foi acompanhada por um conselheiro que, percebendo que ela ainda não havia tomado uma decisão por Cristo sugeriu que orassem ali mesmo. Abaixando a cabeça, ela orou: “Querido Senhor Jesus, quero que tu entres em meu coração mais que qualquer outra coisa no mundo. Amém”.

Um jovem estudante ajoelhou-se ao lado de sua cama, num domingo à noite, no dormitório de sua escola. De maneira simples e direta, ele contou a Cristo o quanto sua vida estava confusa, confessou os seus pecados; agradeceu a Cristo por ter morrido por ele e pediu-lhe que entrasse em sua vida. No dia seguinte, escreveu em seu diário:

Ontem foi realmente um dia especial!... Até esse dia Cristo estava na periferia da minha vida; eu pedia a ele para guiar meus passos, mas não lhe dava o controle completo. Então eu percebi que ele estava à porta, e batendo. Eu ouvi e abri a porta. Agora ele está dentro da minha casa. Ele purificou-a e agora reina dentro dela ...
E no dia seguinte:
Eu realmente senti uma enorme e nova alegria por todo o dia. Aquela alegria que você sente por estar em paz com o mundo e em contato com Deus. Sei, agora que ele reina sobre mim, que eu nunca o havia conhecido antes ...
Estes trechos foram extraídos do meu diário. Achei que devia citá-los porque não quero que você fique com a impressão de que estou lhe dizendo para fazer algo que eu mesmo não tenha feito.

Você é cristão? Um cristão verdadeiro e comprometido? A sua resposta depende de outra pergunta. Não vou perguntar se você vai à igreja, se acredita em Jesus, ou se tem uma vida decente (embora todas essas coisas sejam importantes). Minha pergunta é: de que lado da porta está Jesus Cristo? Do lado de dentro ou do lado de fora? Esta é uma questão fundamental.

Talvez você esteja pronto a abrir a porta para Cristo, talvez tenha dúvidas se já fez isso antes. Se não tem certeza, procure se certificar, nem que você tenha que escrever com tinta o que já escreveu a lápis (como alguém já disse).

Sugiro que você procure um lugar para ficar a sós e orar. Confesse seus pecados a Deus e os abandone. Agradeça a Jesus Cristo por ter morrido por você e em seu lugar. Abra então a porta e peça para ele entrar como seu Salvador e Senhor.

Talvez você queira repetir esta oração em seu coração:

Senhor Jesus Cristo, reconheço que vivi até agora do meu jeito. Pequei em pensamentos, palavras e atos. Peço perdão pelos meus pecados, e deixo-os, arrependido. Creio que tu morreste por mim, levando os meus pecados em teu próprio corpo. Agradeço a ti por teu grande amor.
Agora eu abro a porta e peço que entres. Entre, Senhor Jesus. Entre como meu Salvador, e purifique a minha vida. Entre como meu Senhor e tome o controle da minha vida.

Se você orou com sinceridade, agradeça humildemente a Cristo por ter entrado em seu coração. Ele disse que entraria, pois ele mesmo afirmou: “Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa”. Não leve em conta o que você está sentindo; confie na promessa; e agradeça a ele por manter sua palavra.

Fonte: Cristianismo Básico, pp. 167-179

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Sorria.

 Somos cercados pela multidão nas horas de alegria, mas postos de lado nas tristezas, no entanto há motivos para sorrir "..portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força." Neemias 8:10.
Cultive o fruto da alegria em seu espírito, mantenha comunhão com Cristo para que Ele esquematize seus pensamentos, console seu coração e mantenha viva a chama da esperança por dias melhores. Sorria! 
"Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos." Filipenses 4:4.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Charles Haddon Spurgeon.

“Muitas pessoas devem a grandeza de suas vidas aos problemas e obstáculos que tiveram de vencer.” 

“Que o sermão principal de sua vida seja ilustrado pela sua conduta.”

domingo, 15 de setembro de 2013

TVZ 55.1, música gospel 24 horas.

A rede de televisão Z (TVZ), exibe através do canal 55.1, clips evangélicos em toda sua programação, são 24 horas de louvores, como os de Nani Azevedo, Diante do Trono, Marquinhos Gomes, Mattos Nascimento etc.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O retorno inesperado de Jimmy Swaggart.

A Rede de Televisão SONLIFE de JIMMY SWAGGART, já está disponível em São Paulo, Brasil, Canal 57.1

Jimmy Lee Swaggart nasceu 15 de março de 1935, em Ferriday. Ministrando a Palavra sob a unção do Espírito Santo, pregou aos estádios cheios de multidões a capacidade de todo o mundo e pioneiro televangelismo através de sua emissão semanal. Na década de 1980, sua programação de televisão transmitido para mais de 3.000 estações e sistemas a cabo inúmeras cada semana. Os programas do Reverendo Swaggart eram vistos por mais de 8 milhões de pessoas nos Estados Unidos e mais de 500 milhões de pessoas em todo o mundo, tornando-se a comunicação de massa mais difundidora do Evangelho na história!

 Jimmy Swaggart começou seu ministério de televisão em 1975 e continua até hoje, mais de 33 anos mais tarde, transmitido para uma audiência potencial de mais de 80 milhões de euros. O semanário Jimmy Swaggart e Telecast A Study in the Word são vistos por todo o país e no exterior em 78 canais em 104 países e ao vivo pela Internet.

terça-feira, 3 de setembro de 2013


Nestes dias, sinto-me compelido a revisar novamente as verdades elementares do Evangelho. Em tempos de paz nós podemos nos sentir livres para fazer passeios em distritos interessantes da verdade, que ficam em lugares longínquos, mas agora temos que ficar em casa, e guardar os corações e os templos da igreja, defendendo os primeiros princípios da fé. Nesta era, têm surgido dentro da igreja homens que falam coisas perversas. Há muitos que nos perturbam com suas filosofias e “interpretações de romance”, pela quais eles negam as doutrinas que professam ensinarem, e minam a fé que prometeram guardar. É bem que alguns de nós, que sabemos o que cremos e que não temos nenhum significado secreto em nossas palavras, devamos apenas firmar nossos pés e manter nossa posição, segurando firmemente a Palavra de vida, e declarando nitidamente as verdades do Evangelho de Jesus Cristo.

Charles Haddon Spurgeon

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Fundador do protestantismo foi um dos responsáveis pela concepção de ensino público que serviu de modelo para a escola moderna no Ocidente.

Foi de Lutero a ideia de dividir a educação em três grandes ciclos (fundamental, médio e superior).
Frase de Martinho Lutero: 


“Quando a escola progride, tudo progride” 




Martinho Lutero nasceu em 1483 em Eisleben, norte da Alemanha. Seus pais queriam que fosse advogado,mas ele procurou formação num mosteiro em Erfurt. Aos 25 anos, foi para a Universidade de Wittenberg, onde se formou em estudos bíblicos. Numa viagem a Roma, ficou escandalizado com os costumes do clero. Ao voltar, iniciou carreira de professor e pregador, sob proteção do príncipe Frederico, o Sábio. Em 1517, Lutero publicou suas 95 teses teológicas. Quatro anos depois foi excomungado pelo papa Leão X e reafirmou suas convicções perante os governantes alemães, na Dieta 
(reunião parlamentar) de Worms, de onde saiu proscrito. Após um ano refugiado, sob proteção de amigos, retomou a vida religiosa em Wittenberg. Em 1525, casou-se com a ex-freira Katherina von Bora. Nas duas últimas décadas de vida, ganhou prestígio popular, enquanto o apoio dos governantes variava com as circunstâncias. Em 1546, morreu durante visita a sua cidade natal. 



Movido pela indignação e pela discordância com os costumes da 
Igreja de seu tempo, o monge alemão Martinho Lutero foi o responsável pela reforma protestante, que originou uma das três grandes vertentes do cristianismo (ao lado do catolicismo e da Igreja Ortodoxa). O nascimento do protestantismo teve profundas implicações sociais, econômicas e políticas. Na educação, o pensamento de Lutero produziu uma reforma global do sistema de ensino alemão, que inaugurou a escola moderna. Seus reflexos se estenderam pelo Ocidente e chegam aos dias de hoje. 



A idéia da escola pública e para todos, organizada em três grandes ciclos (fundamental, médio e superior) e voltada para o saber útil nasce do projeto educacional de Lutero. “A distinção clara entre a esfera espiritual e as coisas do mundo propiciou um avanço para o conhecimento e o exercício funcional das coisas práticas”, diz o pastor Walter Altmann, presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.


Venda de indulgências

Embora nunca tivesse planejado uma cisão na Igreja, Lutero dedicou a maior parte de sua vida à polêmica doutrinária em torno da fé cristã. Sua produção intelectual foi intensa e erudita, e seus atos, graças ao surgimento da imprensa e do clima de descontentamento social, ganharam vasta repercussão. Apesar da complexidade do cenário, pode-se identificar dois fatores que desencadearam a dissidência de Lutero. 


O primeiro foi à venda de indulgências pela Igreja. Segundo esse costume, que se iniciou na última fase da Idade Média, os fiéis podiam comprar, de um representante do clero, parte da absolvição de seus pecados. A prática era oficial, aprovada pelo papa e vinha acompanhada de um ritual solene. O comércio de indulgências representava uma espécie de resumo do que havia de mais condenável no comportamento da Igreja daquele tempo: ganância, ostentação, arbitrariedade e mundanismo. As deturpações do cristianismo incomodavam os poderes locais e repugnavam os intelectuais. 



Lutero sempre havia pregado contra as indulgências, mas o que o levou a realizar um protesto público, em 1517, foi a venda de uma indulgência especial, que oferecia privilégios específicos, lançada pelo Vaticano para financiar a reconstrução da Basílica de São Pedro. Contra ela, Lutero elaborou 95 teses, criticando as práticas eclesiásticas, e afixou-as na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Foi o início do conflito entre o monge alemão e a autoridade papal.

Uma nova classe

A segunda grande inquietação de Lutero tinha origem doutrinária e o atormentou durante seus anos de formação. Ele não aceitava o princípio, então dominante no cristianismo, de que a justiça divina se manifestava, no plano terreno, como um julgamento dos atos dos homens. Para Lutero, isso produzia medo e tornava praticamente impossível o sentimento espontâneo de amor a Deus. A indignação de Lutero só se dissipou quando, ao interpretar os Evangelhos, concluiu que os homens vivem por uma graça de Deus e que a justiça divina é revelada pela leitura das escrituras, de modo passivo e independentemente dos méritos ou ações de cada um durante a vida. Foi o que se tornou conhecido como doutrina da salvação pela fé. 


A reivindicação de liberdade para interpretar a Bíblia tornou-se não só um dos pilares da reforma protestante como o princípio fundador do projeto educacional de Lutero, que valorizou a alfabetização e o ensino de línguas – e, mais importante, pregou o acesso de todos a esse conhecimento. Os renovadores religiosos defendiam a formação de uma nova classe de homens cultos, dando origem ao conceito de utilidade social da educação. 



Lutero tinha um projeto inovador, mas abominava a possibilidade de se tornar porta-voz de qualquer idéia ou ambição revolucionária. Mesmo assim, o surgimento do protestantismo foi ao encontro dos desejos da classe economicamente emergente de comerciantes, para quem a educação representava uma possibilidade de aceitação e ascendência social. Nas primeiras décadas do século 16, o Sacro Império Romano-Germânico era um mosaico de principados mais ou menos independentes. Os interesses político-econômicos do imperador, da Igreja e dos príncipes emperravam uns aos outros. Os príncipes, menos obrigados ao poder papal do que o imperador, viram em Lutero uma possibilidade de se afirmar politicamente contra a autoridade central e de contestar os direitos da Igreja sobre riquezas que se encontravam em seus territórios. 



O fato de Lutero não acreditar que a salvação da alma estivesse vinculada às ações durante a vida não implicava descaso pelas coisas mundanas. Ao separar as esferas do poder espiritual e do poder temporal, o líder religioso alemão atribuía ao último a responsabilidade de administração da vontade de Deus – por isso a obediência civil seria um dever moral e a rebelião um pecado. “A ligação entre os dois mundos é a fé, porque os que crêem são também vocacionados para servir o próximo na sociedade”, afirma o pastor Walter Altmann.


Instrução para fortalecer a cidade

Tão importante quanto Lutero para a educação foi Philipp Melanchthon (1497-1560). Durante o período que Lutero passou impedido de se manifestar publicamente, Melanchthon foi o porta-voz da causa reformista e se encarregou de reorganizar as igrejas dos principados que aderiram ao luteranismo. Esse trabalho resultou no projeto de criação de um sistema de escolas públicas, depois copiado em quase toda a Alemanha. A reforma da instrução era uma das principais reivindicações das camadas mais pobres da população, insatisfeitas com as más condições de vida e com o ensino escasso e ineficaz oferecido pela Igreja. Esses foram alguns dos motivos da revolta armada dos camponeses, sangrentamente reprimida em 
1525. Tanto Melanchthon quanto Lutero viam na educação um assunto do interesse dos governantes. “A maior força de uma cidade é ter muitos cidadãos instruídos”, escreveu Lutero. Para isso, foi criado um sistema que atendia à finalidade de preparar para o trabalho e à possibilidade de prosseguir os estudos para elevação cultural. O currículo era baseado nas ciências humanas, com ênfase na história.


Para pensar

A criação de uma rede de ensino público foi planejada pelos reformadores luteranos a pedido de governantes que perceberam a urgência de oferecer instrução ao povo. O interesse dos príncipes era fortalecer seus domínios num tempo de constantes hostilidades entre os Estados. “Lutero argumentou que o dinheiro investido em educação seria menor que o gasto com armas e traria mais benefícios”, diz o pastor Altmann. E você, que argumento utilizaria, hoje, a favor da educação para todos?

Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/martinho-lutero-307574.shtml

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A Importância da Humildade - 3° Parte.

O Maior seja o Menor
Por Guilherme M. Damasceno
“E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior. E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve. Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve.”  Lucas 22:24-27.
Após a ceia de páscoa, ainda no cenáculo com seus discípulos, ao termino da celebração de fraternidade e comunhão, houve entre os discípulos de Jesus discórdia em relação entre qual deles parecia ser o maior, Jesus então os repreendeu, denotando o exemplo dos reis absolutistas que dominavam e exerciam autoridade sobre os povos, sendo reconhecidos e admirados como benfeitores, no entanto entre eles não ocorreria da mesma forma, mas aqueles que almejavam alguma posição de honra deveriam se submeter à humilhação; Aquele que exercia governo apesar da autoridade de sua posição, deveria ser como um serviçal, é através desta exemplificação que Jesus expõe a lógica humana que julga que o maior é o que esta em evidencia na mesa sendo servido e o menor seria aquele que serve, porém Ele sendo o Maior não foi servido, mas teve o prazer de servir, ser naquele momento o Servo dos servos. A lógica divina, portanto contraria a lógica humana, pois para Deus a humildade pressupõe um coração benevolente, que anseia servi a Deus e consequentemente expressar essa gratidão a Ele servindo aos irmãos em Cristo, através da benevolência do Altíssimo; a humildade como atributo de caráter foi à essência da vida de Jesus e de ministério terreno, e em semelhança Ele ensinou os seus discípulos a seguir seu exemplo de humildade e modéstia.
A um grande desafio para os cristãos nesta mensagem de Jesus, principalmente para a atual igreja pós-moderna, é como disse Davar Elohim “Eis um pecado da Igreja contemporânea: muitas CELEBRIDADES, ausência de SERVOS...”. A igreja foi constituída neste mundo para servi, ela é o canal de Jesus para a expansão do Reino de Deus, pois servi a Deus inclui oferecer assistência aos desamparados (Tg. 1:27), proclamar a mensagem de Cristo aos cativos (Mc. 16:15). Cumprir a missão integral da igreja seria, portanto expressar o amor de Deus em ações de louvor, gratidão e adoração que vão ser a característica marcante da humildade que reside no coração do servo fiel ao seu Senhor. Jesus conhecia os corações dos seus discípulos, e a soberba de seus pensamentos de vãs glórias humanas que tinham a intenção da obtenção de status elevados, esta tendência foi duramente combatida por Jesus, pois os discípulos deveriam ser semelhantes ao Mestre, à humildade residia em Cristo e foi expressa em todo o seu ministério como parte de seu caráter exemplar e Soberano. Devemos aprender com Ele esta importante lição e por em prática em nossa vida. Ser  servo de Deus e um grande privilegio que esta sendo menosprezado por muitos; hoje em dia muitos daqueles que se dizem seguidores de Cristo estão deixando de serem servos obedientes a Deus, para se auto proclamarem senhores, menosprezam a autoridade bíblica de seus superiores eclesiásticos, advogando para si o direito de uma falsa liberdade cristã, que na verdade é um reflexo das tendências pós-modernas de distanciamento da verdade bíblica. Devemos como cristãos vigiarmos esta tendência contemporânea de desordem, pois estaremos cumprindo nossa missão expressando o amor de Deus com compromisso à ortodoxia bíblica combatendo o legalismo teológico, desta forma demonstraremos que desejamos receber de Deus suas instruções de forma plena e exclusiva pela Escrituras Sagradas.
 Tenho aprendido que o servo de Deus deve ter anseio e desejo ardente de servi a Cristo compulsoriamente.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Depressão

Por Guilherme M. Damasceno
         Serão apresentadas nesta proposta de aconselhamentos duas visões, a primeira médica, ligada ao antropocentrismo acadêmico psicológico, que não contraria as Escrituras, no entanto é inferior a analise teológica que é extremante bibliocêntrica, posteriormente a conclusão trará a proposta de um aconselhamento eficiente e eficaz.

Analise médica
Depressão não é tristeza. É uma doença que precisa de tratamento. Cerca de 18% das pessoas vão apresentar depressão em algum período da vida. Quando o quadro se instala, se não for tratado convenientemente, costuma levar vários meses para desaparecer. Depressão é também uma doença recorrente. Quem já teve um episódio na vida, apresenta cerca de 50% de possibilidades de manifestar outro; quem teve dois, 70% e, no caso de três quadros bem caracterizados, esse número pode chegar a 90%. A depressão é uma patologia que atinge os mediadores bioquímicos envolvidos na condução dos estímulos através dos neurônios, que possuem prolongamentos que não se tocam. Entre um e outro, há um espaço livre chamado sinapse, absolutamente fundamental para a troca de substâncias químicas, íons e correntes elétricas. Essas substâncias trocadas na transmissão do impulso entre os neurônios, os neurotransmissores, vão modular a passagem do estímulo representado por sinais elétricos. Na depressão, há um comprometimento dos neurotransmissores responsáveis pelo funcionamento normal do cérebro.
 Tristeza é um fenômeno normal que faz parte da vida psicológica de todos nós. Depressão é um estado patológico. Existem diferenças bem demarcadas entre uma e outra. A tristeza tem duração limitada, enquanto a depressão costuma afetar a pessoa por mais de 15 dias. Podemos estar tristes porque alguma coisa negativa aconteceu em nossas vidas, mas isso não nos impede de reagir com alegria se algum estímulo agradável surgir. Além disso, a depressão provoca sintomas como desânimo e falta de interesse por qualquer atividade. É um transtorno que pode vir acompanhado ou não do sentimento de tristeza e prejudica o funcionamento psicológico, social e de trabalho.
 Em geral, o indivíduo com depressão reconhece que está sendo afetado por algo novo, diferente das outras experiências de tristeza que teve na vida. A família pode identificar o comportamento do deprimido pela mudança de atitudes, porque ele deixa de ser o que era, deixa de sentir alegria, apresenta queda de desempenho e passa a agir de forma diferente da habitual.


Analise Teológica.
Há um conceito que tem se alastrado no meio evangélico e que compreende a depressão como patologia, ao invés de entendê-la como algo relacionado ao comportamento, ou seja, não como causa e sim consequência de algo que está acontecendo no íntimo do indivíduo, seja este de causa biológica ou emocional.
Nas Escrituras, os sentimentos associados à depressão são descritos como um semblante descaído (Gênesis 4:6), um espírito abatido (Provérbios 17:22, 18:14), tristeza (Provérbios 15:13), desespero (Salmo 42:11), um coração quebrantado (Salmo 147:3); fardos pesados de iniquidade (Salmo 38:4), luto (Salmo 38:6), peso que faz encurvar (Salmo 38:6), tristeza a ponto de verter lágrimas (Salmo 119:28) ou desfalecimento (fraqueza ou desmaio) (Efésios 3:13; Hebreus 12:3). No Salmo 38, Davi descreveu vários sintomas e sentimentos relacionados com "estar deprimido": Ninguém está completamente imune aos sentimentos depressivos como vemos em I Coríntios 10:12-13. Muitos personagens bíblicos também experimentaram aquilo que hoje seria classificado como "depressão", mas o fator que desencadeou a depressão em suas vidas foi uma ênfase no "eu", que os conduziu ao pecado e este, por sua vez, é que os conduziu à "depressão".
É evidente que, em certos casos, disfunções orgânicas podem desencadear sintomas depressivos, porém muitos distúrbios (temporários ou crônicos) comumente definidos como depressão, são de fato uma consequência de hábitos não bíblicos e ou reações pecaminosas para com circunstancias ou pessoas.
O cuidado físico adequado é essencial para o cumprimento do plano de Deus, conforme I Coríntios 6:20 e Filipenses 1: 20. É importante submeter-se a um diagnóstico médico sempre que houver a suspeita de algum problema físico e dar prosseguimento ao tratamento adequado, no entanto, é importante lembrar que o crente ainda assim será responsável por responder de forma bíblica diante de qualquer dificuldade independente de seus sentimentos, segundo o exemplo de Jeremias em Lamentações 3:31-32, e do apóstolo Paulo em II Coríntios 12: 7-10.
Se em meio às dificuldades físicas o crente agir com responsabilidade (o que inclui buscar assistência médica apropriada) e praticar o amor bíblico em todos os seus relacionamentos, o crente agradará a Deus, provará do Seu cuidado amoroso e será fortalecido. Se tudo isso o crente observar com cuidado, como poderia a depressão estar presente em sua vida? (Gen. 4:7; Salmos 34:19; 37:23-24; 119:143; 147:6; II Cor. 12: 9-10; Fil. 2: 3-8; 4:13 e 19; Tiago 1:25).
Estas são questões muito presentes no seio das igrejas locais da atualidade, não só no Brasil, mas em todo o mundo. O problema é que poucas vezes se tem dado uma resposta bíblica firme e coerente diante da avalanche de conceitos humanos no exercício do aconselhamento cristão. Uma advertência de grande contribuição para um posicionamento bíblico efetivo é o livro Introdução ao Aconselhamento Bíblico de John F. MacArthur Jr. e Wayne A. Mack, o qual transcrevo um trecho do primeiro capítulo:
“Em anos recentes, entretanto, surgiu dentro da Igreja um forte e bastante influente movimento que procura substituir o aconselhamento bíblico no corpo da Igreja pela 'psicologia cristã' - técnicas e sabedoria adquiridas a partir de terapias seculares e aplicadas por profissionais que recebem por seus serviços. Os que têm liderado esse movimento, via de regra, soam levemente bíblicos. Isto é, eles citam as Escrituras e misturam idéias teológicas aos ensinamentos de Freud, Rogers, Jung, ou qualquer escola de psicologia secular que, porventura, sigam. O movimento em si, entretanto, não está conduzindo a Igreja a uma direção bíblica. Vem, sim, condicionando os cristãos a pensar no aconselhamento como algo que deva ser reservado a especialistas bem treinados. Tem aberto a porta para uma variedade de teorias e terapias extrabíblicas. Na verdade, tem deixado muitos com o entendimento de que a Palavra de Deus é incompleta, insuficiente, obsoleta e incapaz de oferecer ajuda aos mais profundos problemas emocionais e espirituais das pessoas. Esse movimento tem impelido milhões de cristãos a buscar ajuda espiritual longe de seus pastores e irmãos na fé, introduzindo-os nas clínicas psicológicas. Ele tem dado a muitos a impressão de que se adapta a métodos seculares, o plano de doze passos por exemplo, pode ser mais útil que os meios espirituais que visam a afastar as pessoas de seus pecados. Resumindo, ele tem diminuído a confiança da Igreja nas Escrituras, na oração, na comunhão, e pregação como meios por intermédio dos quais o Espírito de Deus opera para transformar vidas.”
O perigo de um desprezo pelas Escrituras é reforçado pelo irmão J. Adams que, em seu livro Conselheiro Capaz, aborda com muita propriedade o assunto dos problemas da alma. Adams procurou respostas na psicologia a fim de aprimorar o ministério de aconselhamento, no entanto, grande foi sua decepção ao descobrir que a maioria dos conselheiros cristãos recomendava princípios e métodos antagônicos às suas convicções evangélicas. Como pastor, Adams não podia admitir tratar do problema do pecado como se fosse uma doença.
Um outro autor muito conhecido no meio evangélico, o irmão Dave Hunt, em seu livro Escapando da Sedução, escreve:
“Vemos mais uma vez o triste resultado de interpretar a Bíblia com base em crenças pré-determinadas - e, infelizmente no caso da psicologia, de crenças a respeito das quais nem mesmo os "especialistas" conseguem concordar, e que não deram prova de funcionar (em muitos casos, na verdade, deram prova de não funcionar). A psicologia cristã é uma tentativa de realizar um ato de equilibrismo, com um pé na Rocha firme, Jesus Cristo, e o outro na areia movediça do humanismo.”
O amado pastor Infante em seu livro O Pastor nestes Tempos Difíceis é enfático quanto à sutileza do pensamento do mundo que se faz de inofensivo e contamina a Igreja. Ele diz:
“Estamos exercendo o ministério em tempos difíceis, onde os valores invertidos na sociedade adentram em muitas igrejas. A música, moda, ecumenismo, maçonaria e tantas outras coisas mundanas são encaradas como coisas inofensivas à sã doutrina. Onde os Atalaias? A Palavra de Deus condena a imitação das coisas do mundo!”.
É exatamente nesses termos que a sutileza da idéia que depressão é uma doença e que a psicoterapia não tem nada de mais e é uma ajuda importante no combate à esse mal torna-se uma mancha na suficiência da Palavra no processo de santificação do crente e um golpe fatal na dependência de Deus e obediência necessária que encontramos no exemplo das Escrituras:
“Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, Arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças. Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” Colossenses 2: 6-9.
Conclusão

Existem algumas coisas que aqueles que sofrem de depressão podem fazer para aliviar a sua ansiedade. Eles devem se certificar de que estão permanecendo na Palavra, mesmo quando não sentem vontade. As emoções podem nos desviar do caminho, mas a Palavra de Deus permanece firme e imutável. Nós devemos manter forte a fé em Deus, e nos aproximarmos dEle ainda mais quando sofremos provas e tentações. A Bíblia nos diz que Deus jamais permitirá que sejamos tentados além do que possamos suportar (1 Coríntios 10:13). Apesar de estar deprimido não ser um pecado, uma pessoa ainda é responsável pela forma como responde à aflição, incluindo a busca pela ajuda profissional de que precisa. “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13:15).

Fontes de pesquisa: 
Ricardo Moreno é médico psiquiatra e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo. http://drauziovarella.com.br/audios-videos/estacao-medicina/depressao-doenca-que-precida-de-tratamento/
Prof. Humberto Alcantara de Oliveira é Bacharel em História pela PUC São Paulo, membro do Templo Batista de Indianápolis professor do S.B.E. e do curso de Autoconfrontação. 
http://solascripturatt.org/SeparacaoEclesiastFundament/DepressaoNaoEhDoenca-HADeOliveira.htm

A Importância da Humildade - 2° Parte.

Definindo Humildade

Por Guilherme M. Damasceno
A palavra humildade vem do latim humilitas e significa a capacidade de reconhecer os próprios erros, defeitos ou limitações. Seria uma demonstração de respeito, submissão, simplicidade, sofisticação e sobriedade. A humildade se constitui, portanto como um dos fundamentos, para mantermos a comunhão com Deus, é uma das evidencias do caráter de Cristo.
“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” Filipenses 2:3.
Se o nosso coração for igual ao de Cristo, será sempre inclinado a Soberana vontade de Deus, repudiará a preguiça, comodidade e o conforto de servi a Deus relapsamente, teremos uma consciência purificada do engano maligno de um aparente fracasso, e passaremos a enxergar a vitória e honra  em ser simplesmente  um humilde servo de Deus.
A honra de ser um servo de Cristo é superior á posição de qualquer Imperador, pois todos os homens do mundo apesar de ostentarem riqueza, poder e clamou, não poderiam guardar em seus cofres uma gota se quer dos oceanos de riqueza, poder e glória da magnitude das propriedades exclusivas de Jeová.
Tudo na vida é belo! Nossa percepção é que às vezes falha, até os cardos e espinhos revelam a beleza do contraste da vida. Superação, esperança e determinação fazem do diligente um "herói", o que seria dele, sem as pedras no caminho? Precisamos valorizar mais os benefícios da vida. Em Cristo temos a oportunidade de crescer na graça e no conhecimento, superando desafios, a humildade e essencial nesta constante dependência do Espírito Santo, a honra virá com o tempo, mas o maior desafio porém, se constitui em andar dignamente no caminho do Senhor, tributando a Ele toda honra, glória e louvor.
“Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.” Romanos 11:36.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A Importância da Humildade - 1° Parte.

Por Guilherme M. Damasceno 

Em um mundo pós-moderno onde a tendência natural e o distanciamento do individuo com o compromisso da vida comunitária e o incentivo ao individualismo egocêntrico da personalidade humana, definir princípios éticos para a sociedade atual e um grande desafio, no entanto quando á uma fundamentação bíblica para os princípios de ética cristã nos parâmetros sociais o abismo existente entre teoria e prática podem ser superados pela ponte da comunidade cristã, ou seja, pelo papel da Igreja do Senhor Jesus cumprindo sua missão de forma integral.
Vivemos em um mundo egoísta, o importante e estar bem e conquistar os objetivos individuais, passando por cima de quem quer que seja, para obter sucesso, essa naturalmente é a lógica social do mundo pós-moderno; o ser humano busca dentro de si respostas para suas inquietações, desprezando a influencia externa, compreende que é o ser mais sábio para reger a sua vida, já que ninguém melhor que o próprio individuo para compreender a si mesmo, com isso menospreza os desígnios de Deus e a autoridade bíblica para dirigir e transformar a sua vida, a “síndrome de narciso” atinge grande parte da população mundial e infelizmente a manifestação desta enfermidade psíquica ocorre de maneira geral na Igreja Cristã e, portanto precisa ser tratada, é por esse motivo que o  Apostolo Paulo orienta aos cristãos Romanos que vivam em equilíbrio “Por isso, pela graça que me foi dada digo a todos vocês: Ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu.”  Romanos 12:3.
Humildade, portanto é a característica essencial de um coração puro, sincero, honesto e integro diante de Deus. Em toda a bíblia encontraremos exemplos de servos humildes que receberam reconhecimento e honra devido trilharem o caminho da humildade. O portal divino da honra é a humildade “O temor do SENHOR é a instrução da sabedoria, e precedendo a honra vai a humildade.” Provérbios 15:33; por este motivo e tão importante estudar as evidencias bíblicas, e a importância da humildade do homem de Deus diante dos propósitos divinos para sua vida, neste estudo encontramos uma constante ambiguidade da relação da ética cristã e a ética social de um mundo pós-moderno, pois a sociedade contemporânea é soberba, egoísta e egocêntrica,  a ética cristã no entanto preza pela humildade, humanidade e modéstia. Com o conhecimento da verdade divina poderemos trilhar o caminho da honra de Deus e viver de forma plena em Cristo, “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João 14:6, Ele é aquele que tem poder para transformar o caráter do homem e torna-lo um servo de Deus autentico, através de sua Palavra transforma o homem mais soberbo em um servo temente e humilde.
Para ser humilde, portanto é preciso viver uma vida integralmente em Cristo. “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” Gálatas 2:20.
Sonhe com ousadia, invista em grandes projetos, mas tenha humildade para começar pequeno e receber descrédito.

Rev. Hernandes Dias Lopes -Tema: A Necessidade de um Avivamento Espiritual...

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

De olho nos líderes mais jovens

O Rev. Rubens Ramiro Muzio, líder da Sepal de Londrina (PR), concedeu uma entrevista para a revista Liderança Hoje falando um pouco sobre essa nova geração.
  Coordenador do Projeto Brasil 21, programa que mescla ações de evangelismo, discipulado e plantação de igrejas, líder da Sepal em Londrina (PR) e autor de livros como O DNA da Igreja (Editora Esperança) e O DNA da vida cristã (Voxlitteris), o Rev. Rubens Ramiro Muzio disse, ao analisar a atual geração, que é preciso investir mais nos jovens líderes evangélicos. "Pensam o cristianismo de maneira mais sistêmica, com mais integralidade; desejam trazer os valores do Reino de Deus ao mundo; querem ver a cidade transformada e não apenas levarem almas para o céu", afirma Muzio, que concedeu a seguinte entrevista a Cleber Nadalutti, editor executivo de LIDERANÇA HOJE:
Essa geração evangélica é questionadora?
Sim, mas não no que concerne à reflexão teológica e bíblica. Na verdade, penso que o questionamento é mais resultado da assimilação das leis do mercado. Diante de tantos produtos religiosos e opções eclesiásticas, lamentavelmente o 'crente-cliente' se vê com total liberdade para utilizar critérios consumistas na escolha da melhor igreja, pastores e ministérios. O envolvimento nas igrejas, em geral, é estritamente opcional e exercitado pelo indivíduo, com sua própria decisão pessoal. Como resultado, os membros são vistos como consumidores religiosos atrás de produtos, buscando os serviços religiosos que melhor se encaixem às suas necessidades pessoais.

A nova geração respeita as autoridades (inclusive o pastor)?
Se você se refere à nova geração de líderes e jovens cristãos com menos de 35 anos de idade, eu creio que sim. Eles estão ainda muito abertos! Eu particularmente sinto maior sensibilidade desses jovens líderes que dos pastores e líderes mais maduros. Na verdade, a geração mais antiga não soube passar o bastão e dificilmente compreenderá as profundas mudanças que aconteceram no século 21; não está disposta a fazer movimentos na vida mais sérios, mais profundos. O pessoal mais jovem – de menos de 35 anos –, contudo, está mais sedento para ouvir e dialogar, quer ser desafiado.

De que maneira a juventude – incluindo aqui os adultos jovens – tem se inserido na sociedade, buscando ser aquilo que Jesus propunha: ser sal com gosto e luz que, de fato, ilumina o caminho das pessoas?
Os jovens cristãos maduros pensam o cristianismo de maneira mais sistêmica, com mais integralidade; desejam trazer os valores do Reino de Deus ao mundo; querem ver a cidade transformada e não apenas levarem almas para o céu. Por isso, questões sociais e ecológicas fazem parte de suas agendas e inserem-se dentro de sua espiritualidade. Isso é muito positivo. O grande desafio deles talvez seja aprender a ler e meditar nas Escrituras Sagradas ao mesmo tempo em que refletem e analisam a situação do mundo. O equilíbrio entre comunhão com Deus, Sua vontade e Sua Palavra por um lado, e a realização pessoal, o sucesso e a análise das questões sociais de outro, é importantíssimo. O sucesso é medido pela minha vida perante Deus, meu crescimento a semelhança de Cristo, no caráter e não pelos aplausos. Aqueles que querem preencher o vazio interior através do serviço ao próximo irão apenas espalhar sua infelicidade mais adiante. Pessoas que desejam ajudar e fazer coisas pelos outros ou pelo mundo sem aprofundar seu autoconhecimento, sua compreensão de si mesmos, sua liberdade pessoal, sua capacidade para amar, descobrirão cedo ou tarde que não tem nada a oferecer.

Quais são os desafios da Igreja hoje diante de tanto materialismo?
Este é um momento de humildade e gratidão. A igreja está crescendo e o povo se enriquecendo e devemos ser muito cuidadosos com o gerenciamento de nossos bens. Devemos ser mais generosos e menos focados na construção dos nossos próprios impérios! Precisamos ser menos amantes do consumo, do entretenimento e dos bens materiais, e levar uma vida mais simples, sendo desapegados das coisas.

Como alcançar os jovens e adultos jovens desigrejados?
Os jovens brasileiros ainda estão muito abertos para as questões espirituais. Na verdade, estão entre os jovens mais abertos no mundo inteiro. Devemos tratá-los com respeito e seriedade, sem fazer marketing, respeitando-os em seus questionamentos, propondo uma caminhada de discipulado e semelhança a Cristo. Devemos tratá-los de igual para igual, com uma visão clara do Reino de Deus e fundamentada nos valores bíblicos.

fonte: Cristianismo Hoje